sexta-feira, 2 de outubro de 2009

VAMOS DEFINIR O QUE É CRISE?







prof. valdeci









O termo “Crise” é definido como um acúmulo de problemas simultâneos que nos impede de raciocinar. Por exemplo, quando passamos por uma crise de nervos e surgem tantos problemas que mal conseguimos parar para pensar: damos voltas como baratas tontas. Normalmente, diante de um quadro desses se pede calma e sangue frio para poder identificar os problemas e estabelecer prioridades.
Crises globais ocorrem, por sua vez, quando países têm tantos problemas que não conseguem administrá-los. É o que ocorre hoje nos Estados Unidos, onde os dirigentes, economistas e banqueiros estão dando voltas como baratas tontas. Definitivamente, isso não é o que ocorre no Brasil. Muito pelo contrário: identificamos nossos problemas a tempo, implementamos soluções imediatas. Por exemplo, o caso da indústria de automóveis quando identificamos a queda nas vendas, fizemos a isenção do IPI e a produção em janeiro aumentou 92%: fim de crise no setor.
Muitos criticaram minha declaração na Globo News de que a crise acabou no Brasil. Os dados, no entanto, estão aí: não temos subprime, bancos falindo, cartões de crédito estourando, CDOS e CDS despencando.
Por isso, eu acredito que usar o termo “crise”, no Brasil, é uma irresponsabilidade social muito séria. Temos sim, alguns problemas localizados em exportação e habitação, em parte causados por nós mesmos. E estes, ainda por cima, estão sob controle, o que não ocorre nos Estados Unidos.
Daqui para frente, quem usar a expressão “crise global” comete outro erro. Não é global, justamente porque o Brasil não está em crise.
Lula estava certo quando disse que tudo não passaria de uma marola e que tiraríamos de letra. Tanto é que a Bolsa já subiu 40% depois da chegada da “crise”. Já estamos a caminho de uma rápida recuperação. Pena que você se deixou levar pelo pânico.
O governo Obama é que já das sinais de andar feito barata tonta, sem saber o que fazer. E Ben Bernanke, mais ainda…
Nosso governo está fazendo tudo com rapidez, transmitindo confiança, ajudando pontualmente quem precisa. Isso porque não temos uma crise generalizada que nos impeça de raciocinar e priorizar as ações necessárias.

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