terça-feira, 28 de julho de 2009

PROJETOS PREDATÓRIOS DA FLORESTA

O perfil fundiário do Território e a expansão da fronteira agropecuária em Rondônia, teve início a partir de 1970 com a implantação dos Projetos de Colonização Oficial do Governo Federal, gerenciados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA. Alterando assim, a maior parte da estrutura de posse e uso da terra por meio da substituição de grandes áreas de seringais nativos por um novo contexto fundiário, inserindo a fronteira agrícola no sistema produtivo nacional com grande incentivo para a pecuária bovina.
Os principais fatores que caracterizaram o tipo de ocupação que ocorreu em Rondônia entre 1970 e 1990 foram:

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• O aumento da ocupação rural pela atividade agropecuária, refletindo o abandono do padrão típico Amazônico que era característico até 1960, provocando uma explosão da exploração predatória do extrativismo vegetal com corte raso das florestas para o preparo da área e exploração de madeiras de lei (madeiras nobres);
• Formação de um eixo econômico ao longo da BR-364, na parte central do Estado, com a perda da importância da ocupação ribeirinha. Ganham importância as cidades surgidas em função dos Projetos de Colonização, como Ouro Preto do Oeste, Cacoal, Jaru, Rolim de Moura e Ariquemes;
• A partir de 1985, inverte-se o fluxo com os migrantes, que passam a procurar mais as áreas urbanas e a ocupação no setor secundário e terciário da economia;
• A área ocupada com imóveis rurais que correspondia em 1970 a 7% atinge em 1991 cerca de 57% da área territorial de Rondônia.
A atuação do INCRA em Rondônia deu-se por meio dos Projetos Fundiários, Projetos Integrados de Colonização, Projetos de Assentamento Dirigido, Projetos de Assentamentos Rápido e, mais recentemente, da implantação da política de Reforma agrária.
Na maioria das vezes o agricultor recebia as terras sem nenhum apoio logistico tendo que enfrentar a floresta com a cara e a coragem, muitos foram pioneiros em meio a matas e com muita determinação formaram vilarejos, que tornaram-se mais tarde vilas, comarcas, distritos e na atualidade grandes munícipios.

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