sábado, 5 de dezembro de 2009

REPENSANDO OS VALORES NA ESCOLA

A questão agora é: é póssivel planejar as vivências fora da sala de aula de maneira que se tornem experiências pedagógicas? Pois é, talvez seja importante que os saberes da vida não escolar possam ser problematizados na escola, para que alunos e professores, possam construir coletivamente os conhecimentos de que precisam apra conviver com as diferenças e para possibilitar uma outra educação da comunidade com a qual a escola se relaciona.
Analisando alguns trabalhos de História no dia dedicado para as manifestações culturais e históricas dentro da escola, fiquei triste pelo descaso da maioria dos alunos, e até mesmo pela grande maioria dos professores, que veêm em algumas atividades como casos isolados, não sabendo os mesmos que essas atividades tende a melhorar a auto estima dos nossos alunos!
Pensar sobre esses questionamentos é importante para significar como a identidade se constróis nas práticas escolares. Ou seja, observando atentamente as práticas escolares e refltetindo sobre elas, você pode saber quem é quem na escola e também pode saber se é possível swer de outro jeito. A escola educa a todos e todos se educam e são educados na escola de que participam como parte ou como co-responsa´véis.
Esse problema diz respeito a como individuos ou grupos de indivíduos se posicionam nas práticas culturuais, no caso, nas práticas escolares. Professores são educadores e formadores de opinião? crescir ouvindo isto, também na faculdade se falava muito nisso!!!!! será?
Quando abdicamos de nossa capacidade reflexiva, nos tornamos como os mais fedorentos dos animais!!!!! Quando abrimos mão de trabalhar em grupo e ajudando os colegas de "classe" nos transformamos a um lobo na floresta!!!!
Portanto, parece que você tem alguma responsabilidade na educação de todos!!!!! jna sua mesma, na dos colegas , na dos alunos e muito cuidado até mesmo na sua própria familia.... quando ela descobrir que tú es incapaz de produzir em benefício do grupo que escolhestes ou talvez caiste por ironia do destino.
Relembre também as memórias do que tens feito como profissional em educação e procure refletir sobre como tudo isso que tem vivenciado na escola está presente na sua história de vida e no seu devir humano, educador,. cidadaão e profisssional. Como você chegou onde está como humano e profissional? Para onde pode ir? Que contribuições pode dar aos outros?
amplexos,
Valdeci Ribeiro, um simples professor!!!!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009



Conversando com um amigo de trabalho nesta semana, fiquei sabendo que o mesmo passou mal dentro da sala de aula, e teve que ser levado as pressas para ser clinicado, um dos sitomas era a "pressão baixa". Na verdade o número de profissionais de educação com problemas de saúde é altissimo e as vezes penso que poderiamos ter mais qualidade de vida.

Até que ponto você é capaz de trabalhar sob pressão? Antes de responder a essa questão o profissional deve pensar na resposta que dará, pois quando ele estiver diante do estresse corporativo pode ser vítima da Síndrome de Burnout ou o chamado esgotamento no trabalho. Vale enfatizar que quando a pessoa ultrapassa seus limites, alguns sintomas surgem e comprometem o desempenho do profissional. Em casos mais acentuados, essa síndrome exige acompanhamento médico. Abaixo, algumas informações relevantes sobre esse mal:

1 - O termo Burnout vem do inglês burn (queima) e out (para fora, até o fim) e na gíria inglesa é usado para identificar os usuários de drogas que se deixaram consumir pelo vício. Esse termo foi criado pelo inglês Herbert Freudenberg, em 1974 e o "Burnout" pode ser traduzido como "Combustão Completa".
2 - A Síndrome de Burnout não deve ser confundida com depressão, pois está ligada a situações que envolvem o ambiente de trabalho do indivíduo. Já a depressão é relacionada a fatores da vida pessoal.
3 - Essa síndrome provoca sintomas no colaborador como, por exemplo: exaustão emocional; perda do entusiasmo pelas atividades laborais; irritação; falta de paciência com os colegas de trabalho; desmotivação; o indivíduo acredita ser incompetente para exercer suas atividades e não valoriza sua produtividade.
4 - Quem é acometido por essa síndrome também fica vulnerável a problemas que prejudicam a saúde física como: enxaquecas; insônia; dermatites e até problemas cardiovasculares.
5 - Muitos profissionais que sofrem da Síndrome de Burnout atuam em empresas que: predominam normas extremamente rígidas; são podadoras do potencial criativo das pessoas; não abrem espaço para a tomada de decisões e os desafios apresentados são em excesso, sem que sejam dadas condições para que os funcionários atinjam suas metas.
6 - Os gestores podem contribuir para que a Síndrome de Burnout não invada o ambiente corporativo. Para isso, ele precisa valorizar sua auto-estima, mas nunca acreditar que é o detentor da verdade absoluta e que é imune a cometer erros. Isso refletirá no clima organizacional e no grupo.
7 - A organização também tem papel fundamental na profilaxia à Síndrome de Burnout. Nesse sentido, é necessário identificar os agentes estressores que afetam os profissionais, modificá-los para que se adaptem às necessidades dos colaboradores. Esses fatores podem ser identificados através da comunicação face a face e também pela pesquisa de clima organizacional.
8 - As pessoas também podem adotar ações individuais que ajudam a mantê-las longe da Síndrome de Burnout. Dentre essas, podemos destacar: adoção de uma alimentação saudável e balanceada; prática de atividades físicas compatíveis com a realidade de cada um; manter uma regularidade para o sono; ingresso em grupos que realizem passeios periódicos ou mesmo atividades voluntárias.
9 - Mas é fundamental lembrar. Se a pessoa já se encontra com os sintomas da Síndrome de Burnout, não deve tentar resolver o problema isoladamente. É recomendado que se procure orientação de especialistas como psicólogos.
10 - Aos gestores escolares vale uma recomendação. Caso identifique um profissional com os sintomas da Síndrome de Burnout ou mesmo fatores estressores que contribuam para esse mal. Deve-se encaminhar esse profissional à um atendimento clínico para que o problema não caia no "esquecimento" e, dessa forma, sejam adotadas iniciativas para ajudar o colaborador que enfrenta esse sério problema.
De qualquer forma, fica o aviso aos colegas, ninguém melhor do nós mesmos pra saber a hora que nosso organismo está pedindo socorro. Não somos máquinas, somos seres humanos e precisamos ser tratados como tal.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

VAMOS DEFINIR O QUE É CRISE?







prof. valdeci









O termo “Crise” é definido como um acúmulo de problemas simultâneos que nos impede de raciocinar. Por exemplo, quando passamos por uma crise de nervos e surgem tantos problemas que mal conseguimos parar para pensar: damos voltas como baratas tontas. Normalmente, diante de um quadro desses se pede calma e sangue frio para poder identificar os problemas e estabelecer prioridades.
Crises globais ocorrem, por sua vez, quando países têm tantos problemas que não conseguem administrá-los. É o que ocorre hoje nos Estados Unidos, onde os dirigentes, economistas e banqueiros estão dando voltas como baratas tontas. Definitivamente, isso não é o que ocorre no Brasil. Muito pelo contrário: identificamos nossos problemas a tempo, implementamos soluções imediatas. Por exemplo, o caso da indústria de automóveis quando identificamos a queda nas vendas, fizemos a isenção do IPI e a produção em janeiro aumentou 92%: fim de crise no setor.
Muitos criticaram minha declaração na Globo News de que a crise acabou no Brasil. Os dados, no entanto, estão aí: não temos subprime, bancos falindo, cartões de crédito estourando, CDOS e CDS despencando.
Por isso, eu acredito que usar o termo “crise”, no Brasil, é uma irresponsabilidade social muito séria. Temos sim, alguns problemas localizados em exportação e habitação, em parte causados por nós mesmos. E estes, ainda por cima, estão sob controle, o que não ocorre nos Estados Unidos.
Daqui para frente, quem usar a expressão “crise global” comete outro erro. Não é global, justamente porque o Brasil não está em crise.
Lula estava certo quando disse que tudo não passaria de uma marola e que tiraríamos de letra. Tanto é que a Bolsa já subiu 40% depois da chegada da “crise”. Já estamos a caminho de uma rápida recuperação. Pena que você se deixou levar pelo pânico.
O governo Obama é que já das sinais de andar feito barata tonta, sem saber o que fazer. E Ben Bernanke, mais ainda…
Nosso governo está fazendo tudo com rapidez, transmitindo confiança, ajudando pontualmente quem precisa. Isso porque não temos uma crise generalizada que nos impeça de raciocinar e priorizar as ações necessárias.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

AH... SE A NOVELA FIZESSE MILAGRE....




Para um ocidental moderno, o inidivíduo é o elemento primordal. Uma classe, uma seita, uma igreja, um partido político e até mesmo uma nação são conjunto de individuos. Isso é o que distingue a Socidade democrática moderna das sociedades aristocráticas do passado, nas quais pertenciam à nobreza, ao estado livre, ao campesinato e a este ou àquele ofício, segundo a família de que se procedia.

A familia era a unidade básica. Na ìndia a unidade é a casta. Essa é a realidade primeira e a última. Pois bem, o que é que distingue uma casta da outra? Em primeiro lugar, diferentemente de nossas classes, o sinal distintivo da casta é uma noção religiosa, não economica nem politica. Essa noção, como quase tudo que pertence ao domínio do sagrado, desdobra-se no puro e no impuro.

Para nós, a classe está associada ao poder e a riqueza. O critério que no Ocidente rege as hierarquias sociais é o de uma ordem que vai do inferior ao superior fundado na dominação, seja política ou econômica. As castas também são elementos do sistema hierárquico hindu, porém o fundamento dessa ordem não é o poder nem dinheiro, mas sim uma noção religosa: a pureza e a impureza.

Quanto temos que aprender com nossos irmãos orientais, resgatando nossos valores sociais, morais e éticos, para podermos viver em harmonia em nossos relacionamentos e na própria sociedade. Apesar de sua profunda unidade, precisamos resgatar os valores da Familia ocidental, que é individualista e enraizada em conceitos torpes, frutos de um Capitalismo Selvagem.

terça-feira, 28 de julho de 2009

PROJETOS PREDATÓRIOS DA FLORESTA

O perfil fundiário do Território e a expansão da fronteira agropecuária em Rondônia, teve início a partir de 1970 com a implantação dos Projetos de Colonização Oficial do Governo Federal, gerenciados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA. Alterando assim, a maior parte da estrutura de posse e uso da terra por meio da substituição de grandes áreas de seringais nativos por um novo contexto fundiário, inserindo a fronteira agrícola no sistema produtivo nacional com grande incentivo para a pecuária bovina.
Os principais fatores que caracterizaram o tipo de ocupação que ocorreu em Rondônia entre 1970 e 1990 foram:

,
• O aumento da ocupação rural pela atividade agropecuária, refletindo o abandono do padrão típico Amazônico que era característico até 1960, provocando uma explosão da exploração predatória do extrativismo vegetal com corte raso das florestas para o preparo da área e exploração de madeiras de lei (madeiras nobres);
• Formação de um eixo econômico ao longo da BR-364, na parte central do Estado, com a perda da importância da ocupação ribeirinha. Ganham importância as cidades surgidas em função dos Projetos de Colonização, como Ouro Preto do Oeste, Cacoal, Jaru, Rolim de Moura e Ariquemes;
• A partir de 1985, inverte-se o fluxo com os migrantes, que passam a procurar mais as áreas urbanas e a ocupação no setor secundário e terciário da economia;
• A área ocupada com imóveis rurais que correspondia em 1970 a 7% atinge em 1991 cerca de 57% da área territorial de Rondônia.
A atuação do INCRA em Rondônia deu-se por meio dos Projetos Fundiários, Projetos Integrados de Colonização, Projetos de Assentamento Dirigido, Projetos de Assentamentos Rápido e, mais recentemente, da implantação da política de Reforma agrária.
Na maioria das vezes o agricultor recebia as terras sem nenhum apoio logistico tendo que enfrentar a floresta com a cara e a coragem, muitos foram pioneiros em meio a matas e com muita determinação formaram vilarejos, que tornaram-se mais tarde vilas, comarcas, distritos e na atualidade grandes munícipios.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

A AMAZÔNIA É NOSSA!!!!!!

Durante debate recente em uma Universidade, nos Estados Unidos,o ex-governador do Distrito Federal e ex-Ministro da Educação, Senador Cristovam Buarque, foiquestionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia.O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo
que esperava a resposta de um humanista
e não de um brasileiro.Segundo Cristóvão, foi a primeira vez que um debatedor determinou a ótica humanista como
o ponto de partida para a sua resposta:" De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria
contra a internacionalização da Amazônia.
Por mais que nossos governos não tenham o
devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.Como humanista, sentindo o risco da degradação
ambiental que sofre a Amazônia,
posso imaginar a sua internacionalização,
como também de tudo o mais que tem
importância para a Humanidade.Se a Amazônia, sob uma óptica humanista,
deve ser internacionalizada, internacionalizemos
também as reservas de petróleo do mundo inteiro.O petróleo é tão importante para o bem-estar
da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro.Apesar disso, os donos das reservas sentem-se
no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo
e subir ou não o seu preço.Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos
deveria ser internacionalizado.Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos,
ela não pode ser queimada pela vontade de um dono,
ou de um País.Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego
provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros navolúpia da especulação.Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo.
O Louvre não deve pertencer apenas a França.Cada museu do mundo é guardião das mais
belas peças produzidas pelo gênio humano.Não se pode deixar esse patrimônio cultural,
como o patrimônio natural amazônico, seja manipulado
e destruído pelo gosto de umproprietário ou de um País.Não faz muito, um milionário japonês,
decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande mestre.Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.Durante este encontro, as Nações Unidas
estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns
presidentes de países tiveram dificuldades emcomparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA.Por isso, eu acho que Nova York, como sede das
Nações Unidas, deve ser internacionalizada.
Pelo menos Manhatan deveria pertencer
a toda a Humanidade.Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres,
Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade,
com sua beleza específica, sua história do mundo,deveria pertencer ao mundo inteiro.Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia,
pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenaisnucleares dos EUA.
Até porque eles já demonstraram que são capazes
de usar essas armas, provocando uma destruição
milhares de vezes maior do que as lamentáveis
queimadas feitas nas florestas do Brasil.Nos seus debates, os atuais candidatos a presidência
dos EUA tem defendido a idéia de internacionalizar a
s reservas florestais do mundo em troca da dívida.Comecemos usando essa dívida para garantir
que cada criança do mundo tenha possibilidade
de COMER e de ir a escola.
Internacionalizemos as Crianças tratando-as,
todas elas, não importando o país onde nasceram,
como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro.
Ainda mais do que merece a Amazônia.Quando os dirigentes tratarem as crianças
pobres do mundo como um patrimônio da Humanidade,
eles não deixarão que elas trabalhem quando
deveriam estudar, que morram quando deveriam viver.Como humanista, aceito defender a internacionalização
do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar
como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa.
Só nossa !

Prof. V aldeci

domingo, 19 de julho de 2009

DESEMPREGO: O MAL DO SÉCULO

Após quase 70 da publicação de "O mal-estar na civilização", texto exemplar e modernista da psicanálise, que deu o prêmio Goethe a Freud, constatamos que a modernidade ainda não trouxe a tão "sonhada felicidade". O iluminismo não tinha tantas luzes para iluminar a civilização. Para Freud, o mal-estar surge com o desenvolvimento da civilização e, é impossível, sustentar a crença de uma humanidade feliz e sem sofrimento. Freud explorou as forças mais enigmáticas da natureza humana, como as pulsões de morte. Sobre a pulsão de morte, Betty Fuks escreve: "quando dirigida ao exterior do sujeito para prestar serviços à lógica do aniquilamento do outro, o que é a base de todas as guerras e dos assassinatos, a pulsão de destruição dissolve e destrói, ruidosamente, tudo o que a vida e a cultura constroem". Fuks. (2006:39)
No texto "Os traumas da modernidade", o filósofo Sérgio Paulo Rouanet, revela que temos épocas traumatogênicas e que desde a origem da humanidade, o homem está exposto a situações de trauma psíquico. Trauma quer dizer ferida em grego e pode ser definida como reação de pânico diante de situações de violência extrema. As situações traumáticas estão sempre ligadas a perdas que exigem um trabalho de luto que nem sempre é bem-sucedido. O desemprego, flagelo do nosso tempo, é uma das fontes mais profundas de traumas. O desemprego estrutural atinge tanto os paises ricos quanto os pobres, em que a vaga do trabalhador é substituída por máquinas ou processos produtivos mais modernos. O sujeito desempregado encontra-se sem perspectivas de conseguir outro emprego e se vê sem saída e solitário. O sujeito sente-se à margem da sociedade, sem referências e sem identidade.
Ainda podemos ressaltar a chamada "síndrome dos sobreviventes", onde a angústia e o medo acompanham os "não demitidos". O sujeito "não demitido" é uma pessoa angustiada, vivendo na expectativa de perder o emprego, muitas vezes no auge de sua carreira, e de suas habilidades e expertise. No texto "Inibição, sintoma e angústia", Freud mostra que a angústia relaciona-se a uma expectativa, a uma espera ansiosa de algo ruim que pode acontecer. O sujeito fica ao sabor dos acontecimentos, tais como a perda de um emprego, um assalto, uma catástrofe ambiental, um ataque terrorista ou a perda de um ente querido. Ele pergunta: "Como vou pagar as contas no final do mês? Serei excluído desse grupo? Qual é o meu lugar neste mundo?". O sintoma é uma das saídas da angústia.
O desemprego tem conseqüências psicológicas devastadoras para o sujeito. Nenhum emprego é garantido e nenhuma posição é inteiramente segura e ainda nenhuma perícia é de utilidade duradoura. O meio de vida e a posição social podem desvanecer-se da noite para o dia. As utopias modernas julgavam que a sabedoria hoje aprendida permaneceria sábia amanhã e as habilidades adquiridas pela vida conservariam sua utilidade para sempre; o que não se vê hoje neste mundo pós-moderno. Há pouco espaço para o planejamento de longo prazo e pouquíssimo tempo para projetar esperanças de longo alcance. O sujeito vive uma vida sob condição de incerteza e essa "incertização" exerce um enorme impacto psicológico. O desaparecimento do emprego é apenas uma dimensão, altamente sintomática, desse processo pós-moderno, denuncia o sociólogo Zygmunt Baulman, no livro "O mal-estar da pós-modernidade". Betty Fuks, no livro "Freud e a cultura", faz a seguinte reflexão: "ninguém pode ignorar que nos dias atuais ressurge a dimensão catastrófica do psiquismo, abrindo uma brecha no centro de novas formas do mal-estar na civilização, como a passagem ao ato violento na delinqüência, as toxicomanias, o totalitarismo que se coloca acima da lei, o fundamentalismo como instrumento da lei divina etc. A existência desses novos sintomas põe à prova o dever da psicanálise". Fuks (2003:64).
É fundamental não só os psicanalistas, mas todas as áreas de conhecimento refeltirem e proporem saídas para o nosso tempo. O trabalho psicanalítico impõe ao psicanalista o destino de se tornar um crítico da cultura que testemunha. Isso significa ir adiante à herança e aos impasses transmitidos por Freud que, ao descobrir o inconsciente, fez uma aguda reflexão dos mecanismos e sintomas culturais que mais chamaram sua atenção. Para Freud e Lacan, o sujeito é marcado, de forma indelével, por representações sociais e políticas de seu tempo.

sábado, 18 de julho de 2009

MUDE

MUDE AGORA


Por sermos seres dotados de emoções desenvolvemos vários hábitos durante toda nossa vida. Grande parte destes costumes é adquirida durante nossa infância e adolescência, fases estas responsáveis pela formação de nossas referências e valores pessoais.Os hábitos mais simples como guardar as cartinhas de amores passados, brinquedos quebrados, roupas que não nos servem mais e outros cacarecos são ocasionados por nos apegarmos a momentos que foram marcantes em nossas vidas. A cartinha daquele amor antigo traz, muitas vezes, a lembrança de instantes felizes que foram vividos ou uma esperança de poder desfrutar novamente um momento como aquele. A roupa que não serve mais mostra a maneira como nos comportávamos e pensávamos. Isso causa em nossa memória efeitos nostálgicos e melancólicos de um passado que não poderá se repetir, mas desejamos mantê-lo presente em nossas lembranças.Juntando as décadas de nossa existência, acumulamos todos estes hábitos e apegos com mais outros que passaram a fazer parte de nossas experiências pessoais, profissionais e familiares. Amontoamos muitas coisas abstratas nessa relação, além de todos os objetos concretos agregados durante a vida.Pode ser que pelo fato de trabalhar por longo período de tempo exercendo determinada atividade você passou a acreditar que aquela é somente a sua função. Habituou-se a executar alguma tarefa e passou a julgar que sua metodologia era a única a ser utilizada. Talvez, por ter implantado determinado projeto ou feito parte dele em algum momento acabou imaginando que se você deixar de participar, o projeto não sobreviverá.As revoluções industriais ocorridas nos séculos passados exigiram grandes adaptações de todos. Foi desenvolvido o motor a vapor que passou a dar vida a aparelhos e locomotivas. A máquina de tear passou a produzir 24 mais fios do que as rudimentares existentes. As novas mudanças trouxeram fatos positivos para todos, até mesmo para os escravos.Foi criado um novo descaroçador de algodão que tinha capacidade para trabalhar mil libras de algodão, enquanto que ao mesmo tempo, um escravo trabalhava apenas cinco. Ou seja, a máquina fazia o serviço de 200 escravos e não precisava ser alimentada, não adoecia nem precisava ser controlada. Apenas exigia a manutenção e alguém para operá-la.Esta inovação com certeza passou a colaborar para um futuro promissor àqueles que eram escravos e teriam sua liberdade em breve, graças a uma boa idéia e a uma máquina bem desenvolvida. A propósito, não podemos esquecer que alguém precisou adaptar-se às mudanças e inovações aprendendo a utilizar aquela nova ferramenta de trabalho. Também garantiu seu emprego e diferenciou-se da maioria dos trabalhadores que não tinham conhecimento nem habilidades para lidar com a nova máquina.Aceitar e nos adaptar às mudanças que ocorrem à nossa volta, nem sempre é confortável. Mudar, para alguns, acaba sendo extraordinariamente complicado e até traumático, pois se trata de fazer uma reanálise dos conceitos e atitudes. Sempre existirá uma resistência, mesmo que implícita, para as transformações e tomadas de decisões que julgamos radicais para nossas vidas.Temos receios da nova tecnologia desenvolvida. Medo que venha a nos substituir. Mas é necessário compreender que as modificações têm, por finalidade, na maioria das vezes, proporcionar melhorias a você, a sua família e a todos de sua equipe de trabalho. Sempre será necessário existir alguém para operacionalizar as tecnologias existentes, desde que esteja preparado para se envolver com elas.A felicidade e realização não estão condicionadas apenas ao passado ou ao que sempre fizemos. As mudanças existem para melhorar a qualidade de vida e proporcionar o desenvolvimento de todos. Sem o avanço tecnológico, sem as mudanças e inovações existentes, talvez este artigo não estivesse ao alcance de todos. Tanto este texto, quanto a previsão do tempo, os pacotes de viagens, os filmes que você assiste com a família, o cartão de crédito, o forno de microondas, as comidas congeladas e todas as invenções que direta e indiretamente contribuíram para facilitar nossas vidas hoje.Enfim, mude, reveja seus conceitos e seja feliz com suas novas descobertas e adaptações. O mundo continuará a funcionar caso você opte por realizar algo diferente, outra atividade e até mesmo se você viajar de férias para outro lugar e não apenas para a mesma pousada que freqüenta há décadas.

Prof Valdeci

Publicado no Recanto das Letras em 14/07/2009
Código do texto: T1698437

sexta-feira, 17 de julho de 2009

AVALIAÇÃO DE RECUPERAÇÃO - 1° ANO's

FAZER LEITURA E INTERPRETAÇÃO, DEPOIS FAZER COMENTÁRIO SOBRE O TEMA:

A FABRICA DE DIPLOMAS
Nunca vivemos um clima tão intenso de concorrência como estamos presenciando nos últimos anos, cada vez mais multiplicam-se o número de faculdades e escolas técnicas por esse Brasil afora. São números relativamente pequenos se compararmos com países europeus ou norte-americanos, contudo a chamada corrida para entrar no grupo dos países desenvolvidos, faz do nosso país uma fábrica de diplomas de nível superior, que muitas vezes tem que ser questionado quanto a qualidade oferecida em algumas instituições. O nível de satisfação desses empresários é tão grande que a cada dia, salas e salas são construidas da noite para o dia, é a busca pela "cultura" é o despertar do "conhecimento". Assim, milhares de jovens depois de muito empenho e luta, conseguem então o seu tão sonhado "canudo" e muitos deles não sabem, ou fingem que não sabem, que a grande batalha estar só no ínicio. É uma batalha cinematografica em prol do tão sonhado primeiro emprego(diga-se de passagem com nível superior, e a fábrica de diplomas jogam no mercado de trabalho jovens que na maioria das vezes frustam-se, por não conseguirem trabalhar na sua área de atuação, muitos deles fazem bicos ou continuam em seu antigo emprego. Para uns a luz no fim do túnel são os concursos públicos, que na verdade abrem poucas vagas e arrecadam milhões à custa dos sonhos de pessoas que investiram fortunas, se levarmos em conta o nível de vida e a classe social de muitos. Na verdade muitas das faculdades que funcionam dentro do nosso país não tem as mínimas condições de funcionamento, tanto em relação aos seus recursos físico, material e humano. Mas, precisamos melhorar nossa posição frente as grandes potencias, quanto mais pessoas com diploma na mão, melhor para nossos índices de desenvolvimento escolar. Entretanto os jovens brasileiros principalmente da rede pública, saem do ensino médio(em sua maioria) sem as mínimas condições de concorrer aos cargos públicos oferecidos pelas instituições e grandes empresas brasileiras, e as vagas quase sempre são preenchidas por pessoas oriundas de escolas particulares, isso se falarmos nos altos escalões corporativos, cabe aos filhos de pobres que estudaram em escolas públicas conformarem-se com empregos subalternos.


Prof Valdeci


MOSTRE SUAS IDÉIAS,,,, NÃO FIQUE NO ANONIMATO!!!!!!!

ISOLAMENTO SOCIAL, CAUSA MALES PARA O DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE INDIVIDUAL....

MOSTRE SUA CARA!!!!!!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

PALESTRA SOBRE PEDOFILIA

A turma do 1° ANO 18, apresentou nesta quinta-feira(16/07), um excelente trabalho sobre Pedofilia, já fazia muito tempo, que não via uma turma tão empolgada na apresentação de um trabalho escolar!
A moçada correu atrás de auxílio nos orgãos governamentais, e conseguiram algumas camisetas, folders, cartazes e outros materiais que os auxiliaram no desenvolvimento do trabalho. Só faltou mesmo a presença tão esperada do palestrante, que faz parte da Comissão Estadual de Combate à Pedofilia: Deputado Valter Araújo. Como já era de esperar na última hora desfez o compromisso assumido com a turma do JBC...
Mas, tivemos outras turmas com nível muito bom. Onde podemos concluir que quando essa galera quer, eles vão lá e fazem, e fazem bem feito mesmo. Pesquisam, produzem e dão show!!!

professor Valdeci , muito feliz!!!!!


NESTA SEMANA,,,, TODAS AS NOTAS ESTARÃO DISPONIVEL AQUI NESTE BLOG!!!!!!

terça-feira, 14 de julho de 2009

A FABRICA DE DIPLOMAS

A FABRICA DE DIPLOMAS
Nunca vivemos um clima tão intenso de concorrência como estamos presenciando nos últimos anos, cada vez mais multiplicam-se o número de faculdades e escolas técnicas por esse Brasil afora. São números relativamente pequenos se compararmos com países europeus ou norte-americanos, contudo a chamada corrida para entrar no grupo dos países desenvolvidos, faz do nosso país uma fábrica de diplomas de nível superior, que muitas vezes tem que ser questionado quanto a qualidade oferecida em algumas instituições. O nível de satisfação desses empresários é tão grande que a cada dia, salas e salas são construidas da noite para o dia, é a busca pela "cultura" é o despertar do "conhecimento". Assim, milhares de jovens depois de muito empenho e luta, conseguem então o seu tão sonhado "canudo" e muitos deles não sabem, ou fingem que não sabem, que a grande batalha estar só no ínicio. É uma batalha cinematografica em prol do tão sonhado primeiro emprego(diga-se de passagem com nível superior, e a fábrica de diplomas jogam no mercado de trabalho jovens que na maioria das vezes frustam-se, por não conseguirem trabalhar na sua área de atuação, muitos deles fazem bicos ou continuam em seu antigo emprego. Para uns a luz no fim do túnel são os concursos públicos, que na verdade abrem poucas vagas e arrecadam milhões à custa dos sonhos de pessoas que investiram fortunas, se levarmos em conta o nível de vida e a classe social de muitos. Na verdade muitas das faculdades que funcionam dentro do nosso país não tem as mínimas condições de funcionamento, tanto em relação aos seus recursos físico, material e humano. Mas, precisamos melhorar nossa posição frente as grandes potencias, quanto mais pessoas com diploma na mão, melhor para nossos índices de desenvolvimento escolar. Entretanto os jovens brasileiros principalmente da rede pública, saem do ensino médio(em sua maioria) sem as mínimas condições de concorrer aos cargos públicos oferecidos pelas instituições e grandes empresas brasileiras, e as vagas quase sempre são preenchidas por pessoas oriundas de escolas particulares, isso se falarmos nos altos escalões corporativos, cabe aos filhos de pobres que estudaram em escolas públicas conformarem-se com empregos subalternos.

Prof Valdeci

Publicado no Recanto das Letras em 22/06/2009
Código do texto: T1662468

domingo, 12 de julho de 2009

VESTIBULAR UNIR - 2010

A Universidade Federal de Rondônia (Unir) divulgou nesta sexta-feira (22), o edital do vestibular 2009. A universidade oferecerá 2.380 vagas para o ano letivo de 2009 em 48 cursos de graduação, com ingresso no primeiro e segundo semestres, distribuídos entre o Campus de Porto Velho e os Campi do interior, em Ariquemes, Cacoal, Guajará-Mirim, Ji-Paraná, Rolim de Moura e Vilhena.
A universidade oferece 11 novos cursos de graduação para 2009, além do aumento do número de vagas em alguns deles. Estas grandes novidades, segundo o reitor da Unir, professor Januário Amaral, integram as ações do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni).
Assinado em março deste ano pela Unir com o Ministério da Educação (MEC), o Reuni objetiva a reestruturação, consolidação e expansão da universidade, possibilitando as condições necessárias para ampliação do acesso e permanência na educação superior.Novos cursos - A universidade, que já conta com 37 cursos de graduação, oferecerá em 2009 os seguintes cursos: no Campus de Porto Velho, os cursos novos são os de Arqueologia, Ciências da Informação (Biblioteconomia), Engenharia Civil, Filosofia e Segurança Pública; para Ariquemes são os de Engenharia de Alimentos e Pedagogia; para Cacoal, Engenharia de Pesca e Aqüicultura; para Ji-Paraná, os cursos de Estatística e Licenciatura em Educação Básica Intercultural; e para Rolim de Moura, o de Engenharia Florestal.Aumento do número de vagas - Além dos novos cursos de graduação, houve também o aumento do número de vagas em alguns, como por exemplo, os de Administração e de Ciências Biológicas, no Campus de Porto Velho, que ofereciam 40 e 45 vagas, respectivamente, e a partir de 2009 terão 45 e 50 vagas. Estas mudanças, somadas aos novos cursos, representam um acréscimo de 580 novas vagas em relação ao vestibular do ano
passado, que teve 1800 vagas.

Inscrições -

As inscrições para o vestibular 2009 da Unir serão feitas de primeiro a 21 de setembro, exclusivamente pela internet, no endereço www.concursos.unir.br, no link “Vestibular 2009”. Os candidatos deverão acessar a página, preencher o requerimento de inscrição, enviá-lo e, em seguida, imprimir o boleto bancário para pagamento da taxa de inscrição, no valor de R$ 75,30.A taxa de inscrição deverá ser paga até o dia 22 de setembro em qualquer agência bancária, observado o horário de funcionamento dos bancos. “A garantia de que a inscrição foi feita é o boleto bancário devidamente pago. O candidato deverá apresentá-lo junto com o documento oficial de identidade no dia da prova”, diz.
Provas -

As provas do vestibular 2009 da Unir serão divididas em duas fases, ambas de caráter eliminatório e classificatório. A primeira fase compreende uma prova objetiva com 80 questões de múltipla escolha e cobrará dos candidatos conhecimentos de Língua Portuguesa e Literatura, História, Língua Estrangeira (Espanhol ou Inglês), Física, Biologia, Matemática, Geografia e Química. A primeira fase será realizada no dia 16 de novembro.Já a segunda fase, que está marcada para o dia 14 de dezembro, será uma prova discursiva que compreenderá uma redação dissertativa e duas questões sobre história e geografia regionais.Para o vestibular 2009 são livros de leitura obrigatória “A Hora da Estrela”, de Clarice Lispector, “Dom Casmurro”, de Machado de Assis, e “O Matador”, de Patrícia Melo.Para mais informações sobre o vestibular 2009 da Unir, entre em contato com a Comissão Permanente de Processo Seletivo Discente (CPPSD) da universidade, pelo telefone (69) 2182-2026, ou acesse o edital completo do vestibular e seus anexos no site da universidade, no endereço www.unir.br, no link “Vestibular 2009”.

sábado, 20 de junho de 2009

FÔLEGO REDUZIDO NAS UNIVERSIDADES

O número de alunos na graduação, que teve o menor ritmo de crescimento desde 1999, demonstra a desaceleração do ensino superior do país

O número de matrículas no ensino superior brasileiro continua a crescer, mas em ritmo menor do que em anos anteriores. Pelos dados do Censo da Educação Superior de 2007, mais de 4,8 milhões de pessoas fazem um bacharelado presencial atualmente, 4,3% a mais do que em 2006, quando o número de alunos no sistema era de 4,6 milhões. Esse é o menor ritmo de crescimento desde 1999, quando o índice atingia a casa dos 10%. A estabilização no crescimento de matrículas já era esperada pelo segmento, que previa a saturação do mercado e as conseqüências da falta de alternativas para o financiamento estudantil.
"Embora ainda tenha muito espaço para crescer, as matrículas envolvem questões como mercado de trabalho e motivação, ou seja, outros aspectos que não estão só no âmbito da educação", avalia a diretora de estatísticas educacionais do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Maria Inês Pestana.
O Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp), que há três anos faz projeções dos números do segmento, já esperava a desacelaração do ritmo de crescimento e havia projetado 4,9 milhões de alunos matriculados, sendo 3,6 milhões na rede privada, valores muito próximos aos revelados pelo Censo.O crescimento de alunos matriculados mais uma vez se deu no âmbito das instituições particulares, que respondem por 74,5% das matrículas no ensino superior, com 3,6 milhões de alunos, aumento de 4,9% em relação a 2006, quando o sistema tinha 3,4 milhões de alunos.
Nas instituições públicas, o crescimento foi de 2,6%, e ainda se mantém no patamar de 1,2 milhão de alunos, próximo ao registrado em 2006. No período de 1997 a 2007, as instituições particulares cresceram 207% e as públicas 63%. Para se ter uma ideia da desaceleração do crescimento das matrículas, a média de crescimento por ano, de 2000 a 2003, entre as particulares foi de 16%. Agora, de 2004 a 2007, a média é de 7%, incluindo as matrículas do Programa Universidade para Todos (ProUni).
Aregião que mais agregou novos alunos pelo último levantamento do Censo da Educação Superior foi a Norte, com crescimento de 8,3%, passando de 280 mil matrículas em 2006 para 303 mil em 2007. Esse aumento possibilitou que a região Norte passasse a responder por 6,2% das matrículas do país, quando no ano anterior era responsável por 5,9% do alunado. Essa é uma das regiões onde os grandes grupos educacionais têm apostado atualmente, de olho na demanda ainda reprimida, como o Grupo DeVry, que neste ano comprou a Faculdade Nordeste (Fanor).Por outro lado, os mercados que já mostravam indícios de saturação demonstraram em números as análises recentes dos consultores educacionais. A região que menos cresceu foi a Sudeste, com apenas 1,1% de aumento, passando de 2,3 milhões em 2006 para 2,4 milhões de matrículas em 2007. De qualquer forma, o Sudeste continua a responder por quase metade dos alunos no ensino superior brasileiro: 49,8%. Na relação de participação no cenário nacional, quem perdeu maior espaço foi a região Sul, que respondia por 18,2% das matrículas em 2006 e agora representa 17,7%.
Em São Paulo, o crescimento das matrículas ficou acima da média nacional,. Apesar disso, o Estado também emite sinais de estabilização do crescimento, mas especialistas apontam que o interior ainda tem capacidade de expansão. Prova disso são as recentes aquisições por grupos educacionais em cidades como Rio Claro e Itapecerica da Serra.
De acordo com o último levantamento do Censo da Educação Superior de 2007, o Estado de São Paulo congrega 1,3 milhão de alunos, sendo que 1,1 milhão estão nas instituições de ensino superior particulares. As matrículas cresceram 6,1% no comparativo com o ano anterior, já que em 2006 São Paulo congregava 1,2 milhão de matriculados na graduação. Para se ter uma ideia da diferença do ritmo de crescimento, enquanto o número de matrículas no Brasil cresceu 101% de 2000 a 2007, no Estado de São Paulo o crescimento foi de apenas 67%. A taxa de alunos ingressantes com até 24 anos nas instituições particulares de São Paulo é de 67,5%, abaixo da média nacional, de 74%. Isso quer dizer que o Estado ainda atende a uma camada de alunos que retornou aos estudos após alguns anos fora do sistema de ensino.
Somando as matrículas da educação tecnológica e do ensino a distância, o Brasil tem atualmente 5,2 milhões de alunos no ensino superior. Os cursos superiores de tecnologia respondem por 6,6% do total de matrículas, com 347 mil alunos. Já a educação a distância representa 7% do sistema de ensino superior todo, com 369 mil matriculados.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

A INFLUENCIA DA MÍDIA SOBRE OS PADRÕES DE BELEZA

Os padrões de beleza é um assunto polêmico e gerador de controvérsias, o que se vê nos dias atuais são mulheres insatisfeitas com sua imagem e atrativos físicos. O que ocorre é que estes padrões mexem com o psicológico das mulheres, pois fica claro o conflito, não sabem como se valorizar pelos pensamentos e atitudes, pois existe uma influência acirrada que impõe padrões magérrimos fazendo-as acreditar, cada vez mais, que só serão bem aceitas pela sociedade se aproximando dos mesmos. Esses padrões são definidos pelas propagandas na TV e em revistas. Isto é resultante de uma mídia capitalista que bombardeiam tantas informações de forma que a mulher chega até mesmo a esquecer sua individualidade e a natureza da beleza. Os resultados desta forte influência são notórios, como a obsessão pela magreza, as dietas, a malhação, a cirurgia plástica, a moda, os produtos de beleza, todos vendidos pela mídia. O que fica claro é o mito existente dentro destes padrões “vendidos”, uma vez que estas mulheres são magérrimas, vivem em prol da beleza, ganham milhões para terem corpos esbeltos; o que difere bastante da realidade da mulher moderna que precisa sair para o mercado de trabalho, se desdobrarem entre suas várias funções e ainda lidar com a cobrança interna e externa exigidas por esses padrões. Para fugir desses padrões, que às vezes agridem tanto o aspecto físico quanto o emocional, talvez seja necessário que as pessoas ressignifiquem seus conceitos de beleza, priorizando seus pontos fortes afim de descobrir sua beleza natural.

Patrícia Lopes

EXPOVEL, by PROF. NAZARENO

Expovel: cultura local ou circo dos horrores?
Professor Nazareno*
Acabou a Expovel em Porto Velho, graças a Deus. Foram longos dez dias de barulho, empulhação, poeira, mentiras e circo. Muito circo mesmo para os porto-velhenses, que de uma hora para outra, se viram transformados em moradores da “Capital do Rodeio”. A presepada começou mesmo no dia 06 de junho com um desfile patético pelas principais ruas daqui: mas foi muito bom, pois mostrou a verdadeira cara da nossa cidade com toneladas de sujeiras e lixo no meio das avenidas. E próximo à rodoviária este ano não plantaram aquela estátua ridícula de um boi insinuando que a capital de Rondônia era uma cidade country, como aquelas dos Estados Unidos. Que pena, pois o animal “bem-dotado” com um peão montado completaria o espetáculo circense. Muitos jovens da cidade, embriagados e vestidos à moda country dos americanos, com botas longas, chapéu grande (talvez imitando o ídolo Cassol) e vestimentas de couro, apesar dos quase 40 graus à sombra, completavam a deprimente exibição teatral. Impossível não ter pena ao ver tanta breguice. Um toque medieval em pleno século XXI. Se isto for cultura, não será diferente das outras, mas inferior mesmo. E a grande piada é que ainda existem moçoilas da região que se candidatam à rainha do evento. E pagam para isso. Que trono... Quanta barbaridade...
De fato, situada em plena floresta Amazônica e às margens do lendário e hoje já estuprado rio Madeira, Porto Velho em absolutamente nada lembra as verdejantes cidades da Califórnia e muito menos o próspero e progressista interior do Sul do Brasil. Comparar uma cidade de ‘beiradeiros e barnabés’, onde o contracheque responde por grande parte da economia local, com Barretos, Ribeirão Preto, Presidente Prudente, Londrina, Maringá ou Cascavel, por exemplo, é de um mau gosto sem nenhum precedente. Parece coisa de político ufanista ou mal informado em ano pré-eleitoral. Aliás, durante o período dos “festejos do peão” o que não faltou foi programa de rádio e televisão abrir espaços para as autoridades falarem à vontade e tecer loas ao pseudo-desenvolvimento do Estado. E os jornalistas de proveta, da imprensa marrom, muitos dos formados aqui mesmo, fazendo perguntas toscas aos políticos. Nestas horas quem se lembra de sanguessugas, mensaleiros, escândalos na Assembléia Legislativa, possível cassação do governador do Estado, prefeito de obras inacabadas, mídia comprada e outros afins?
Rondônia possui um dos maiores rebanhos de gado do país segundo dados do IBGE. O que não se entende é por que a nossa carne não é tão barata assim e boa parte da população do Estado, como os que vão aos espetáculos da Expovel, não tem acesso a essa iguaria. Talvez por isso o Mandi (pequeno bagre que se alimenta de fezes humanas) com farinha d’água seja um prato tão desejado na cidade. Para muita gente pobre deste lugar, degustar um bom e suculento filé ou uma picanha é tão difícil quanto arrematar qualquer objeto ou mesmo comprar um animal lá no Parque dos Tanques. Exposição de produtos agropecuários é coisa da elite. Em todos os negócios que foram fechados por lá só apareciam os poucos ricos do Estado. Para os pobretões, a ‘mundiça’, sobrou a Bailarina da Praça (nosso melhor produto de exportação) dançando com os bêbados ao som de uma dupla caipira chamada Victor & Leo e comendo “churrasquinho de gato” em meio à poeira. Não parecia o inferno de Dante, mas o de Satanás mesmo. Triste espetáculo. Coisa de rondoniense já achando que somos Primeiro Mundo... “Maninha, é o progresso de Rondonha”, afirmavam entusiasmados, alguns nativos, com o inconfundível sotaque.
Para os fazendeiros, os homens de negócios e os grandes pecuaristas do Estado sobrou a alegria dos polpudos lucros. Para os políticos de plantão, a certeza de terem colhido bons dividendos eleitorais e para o povão, a ressaca e a satisfação de saber que ‘sua mais fiel representante’ (a Bailarina da Praça) estava lá, como se no alto de um fictício pódio. Sem nenhuma cabeça de gado no pasto que não possuímos, nós rondonienses já parecemos conformados com a sina de que Rondônia nada mais é do que um quintal (ou curral) dos grandes pecuaristas lá do sul maravilha, a verdadeira Califórnia brasileira. Aqui só engordamos os bois que tanto lucro dão aos forasteiros. Sem plantar nem criar nada, só colhemos Corumbiara e outras mazelas sociais. Não é difícil entender por que com estas ‘papagaiadas’ não se faz jorrar mel e leite das nossas fedorentas ruas. E o pior é que muitos idiotas e pseudo-intelectuais de plantão, os que pensam que pensam, ainda querem discutir identidade cultural, fazeres e saberes de um povo, de uma região, de uma cidade. Quais saberes? Quais fazeres? Qual povo? Qual região? A não ser que a Bailarina da Praça dando suas piruetas seja um expoente cultural desta terra. Santa paciência...
Pelo fato de ser um espetáculo de péssimo gosto, a Expovel não deixou de apresentar o seu saldo de violência e bestialidades. “Três homens, um deles identificado como policial militar, se envolveram em uma briga com tiroteio, no Parque de Exposições, no final da tarde do sábado, quando a cavalgada chegou ao local. Depois de muitos socos e pontapés, um dos envolvidos na confusão sacou da arma e efetuou os disparos. Uma radiopatrulha agiu com rapidez e prendeu os acusados. Populares revoltados tentaram resgatar os suspeitos para linchá-los, mas a viatura saiu rápido em direção à Delegacia Central”, noticiou um site da cidade. Além desse sururu, típico das festinhas mais barrelas, uma jovem de 18 anos que estava se divertindo na cavalgada foi vítima da ação de marginais que teriam estuprado a mesma em um estacionamento localizado na Avenida Campos Sales, região Central da Capital. Segundo ela, teria sido ameaçada por três rapazes que usavam abadás do evento e foi arrastada para o estacionamento. Nada mais típico, nada mais típico... É a Expovel... Como na Roma antiga, estas festas só serviam mesmo para manter o povão adormecido. Aqui, nem isso.
Embora sem pão, a alegria certamente vai continuar. Em Rondônia estamos em plena Semana Santa com direito a espetáculos ao ar livre e ainda que seja o mês de junho, a Paixão de Cristo foi encenada sem maiores problemas. E apesar de Porto Velho ser uma das únicas cidades do país onde a Igreja Católica não festeja o santo padroeiro (24 de maio), sempre tem carnaval fora de época também por esses dias e sem falar na grande festa do “padroeiro de fato” da capital: “São Maracujá, o maior arraial sem santo do Norte do país”. A festança próxima à Esplanada das Secretarias está prestes a começar e certamente em todos estes eventos estarão presentes, só que em camarotes diferentes, as autoridades e políticos do Estado, os pecuaristas gastando suas fortunas, os bajuladores aplaudindo tudo, o povão torrando seus minguados salários e a Bailarina da Praça pulando com os artistas e rindo à toa para animar todos os brincantes. Fica faltando mesmo só o Manelão da famosa banda. E por que não? Afinal, todos somos filhos de Deus...
*Professor Nazareno leciona na escola João Bento da Costa em Porto Velho

segunda-feira, 15 de junho de 2009

ONDE VOCÊ ESTARÁ DAQUI A DEZ ANOS?

Onde você estará daqui a dez anos?

Você já teve que encarar essa pergunta e engolir grosso, porque a única expectativa que você nutriu em todos esses anos, é ter o "suficiente", ou seja, recursos financeiros necessários para sobreviver e manter sua família? Imagine agora as perspectivas de crescimento de uma organização formada por pessoas que ali se encontram para desempenhar a obrigação de produzir, dar lucro para a empresa e simplesmente subsidiar sua existência no planeta.
Buscar sempre; desejar algo; satisfazer o ego; "matar" a sede; ir além. Essa é a natureza do homem: satisfação. A voz interior diz: "vai em busca". Os obstáculos que impediam o homem, agora são como desafios. A busca aprimorou, o desejo engrandeceu, a pedra é mais polida, a alma é mais escondida. As gigantes estruturas industriais falam de qualidade de vida e o prazer de viver é trocado por mais notas de dólares. O universo é do prazer, do significado de existir para ter. Agora sim, vimos o horizonte. Silenciamos e percebemos claramente que tipo de "moeda" estamos sendo pagos.
Ricos de prazer, pobres de sabedoria. No final da vida, chame seu filho, lhe dê seus bens e deixe-o rico. Preparado para o mundo que o aguarda para se tornar mais um soldado a morrer nas trincheiras da volúpia do ouro. A "Serra Pelada" está mais viva do que nunca. Formamos garimpeiros da obsessão, coroados pelo poder de compra. Quanto mais comprar, mais será reconhecido pela sociedade garimpeira.
Mas, o que está satisfazendo mais o homem? Bobagem pensar sobre isso, não é mesmo? Pague-me uma cerveja ou me leve a um salão de beleza que irei lhe vangloriar por muito tempo. Chame-me para passear no seu carro novo, traga-me meia dúzia de palavras superficiais, deixe seu corpo sarado e terei o meu modelo de perfeição.
A superficialidade é fácil. Você pode adquiri-la quando quiser. Não há sacrifício, não há esforço, não cansa o cérebro, pois o deixa livre de profundidade. Você terá muitas pessoas do seu lado, pois o comércio da inutilidade e dos relacionamentos por interesses banais são comprados com a ausência de cultura e ideal.
Você poderá eleger seus amigos, como quem compra uma escova de dente e descartá-los quando eles parecerem meio "babacas", por terem escutado mais os pais sobre gratidão, humildade e sentimentos. Aliás, para ter amigos, não precisa de sentimentos, eu enxugo suas lágrimas pela internet, curo sua depressão pelo MSN e posso ser um modelo de beleza para centenas de pessoas na minha rede do Orkut.
Viva a camuflagem social. Beba dessa taça do prazer. Ufa! As vozes do nosso interior são muitas. Quais são as suas? Será que os motivos que geram um conflito onde todos perdem são maiores que as razões de promover a paz e a união entre os povos? Será que é mais saboroso subir de cargo de forma desonesta, do que carregar nos braços os "feridos" do campo de extermínio da indiferença?
Equipes, convertam o individualismo em propósitos humanitários. Lute pelo sucesso de outra pessoa. Seja um salvador de ideais de nobreza e justiça. Estamos esperando quem? Não existirão pessoas especiais com ações imediatas e resultados a curto prazo para desenvolver a humanidade.
Você é especial, entretanto, o mundo precisa de homens que sejam especiais para os seus semelhantes. Transforme sua empresa em um instituto de desenvolvimento do ser e estaremos próximo de um sonho conhecido mundialmente: "Sonho com o dia em que a justiça correrá como água e a retidão como um caudaloso rio" - Martin Luther King.

e ai, o que você achou? onde estará daqui a dez anos?

O PERFIL DO BOM PROFESSOR

O bom professor

inteligência afectiva

Não querem um super-professor. Querem apenas alguém que os apoie. Pode também ser compreensivo. E se não for pedir muito: divertido e bem disposto. Se não, pelo menos que cumpra a sua função principal: a de explicar bem a matéria. Este é o perfil do professor que o aluno gosta de ver na sala de aula.
À pergunta responde com um sorriso contido. De quem nunca tinha pensado no assunto. Eleva as sobrancelhas. Leva a mão ao queixo e atira: “O bom professor é aquele que se preocupa com os alunos.” Ultrapassado o bloqueio inicial a resposta prolonga-se. “E que tenta explicar a matéria da melhor forma possível para todos os que tenham dificuldades”. Um momento de pausa. “Tem também de ser bom conversador e apoiar os alunos”, conclui Rui Couto, 19 anos, a frequentar o 11º ano. Por ter encontrado nele estas características, o professor de Geografia que apanhou no 9º ano merece de Rui Couto um elogio rasgado. “Era um store espectacular!”, recorda saudoso. O mérito do também director de turma estava no facto de não só dar bem a matéria, como de estar sempre bem disposto e brincar muito nas aulas. O reconhecimento do aluno encontra eco na opinião de sua mãe. Elvira Couto, que sempre acompanhou as reuniões de pais com o director, reconhece que ele “mostrava conhecer o feitio de cada aluno”. Ou seja: sabia quem eram os alunos mais extrovertidos ou introvertidos. O que o levava, segundo a educadora, “a dar as aulas de forma mais personalizada”. Uma qualidade que Elvira Couto acredita ser apanágio do bom professor.Ao herói da Geografia, Rui Couto contrapõe o professor de Matemática do 7º ano. De sobrancelhas franzidas o aluno explica a razão do desmérito: “Só despejava matéria!” Mas o pior é que “nunca explicava o que dava”. E por isso, lamenta, “só os melhores acompanhavam as aulas.” Os outros, encolhe os ombros, “não percebiam nada!” Depois, “fazia uns testes muito difíceis!”, remata.
Entre afectos e competência
A professora que ficou no coração de Filipa Sousa, 16 anos, a frequentar o 10º ano, deu-lhe Matemática. “Gostava muito de nós e era muito nossa amiga”, recorda com carinho. “Mas isto não significa que ela facilitasse nos testes!”, muito pelo contrário, esclarece a aluna procurando evitar mal entendidos. Esta separação das águas é comum entre os alunos. Seja qual for a idade. “O aluno distingue, claramente, a dimensão afectiva do professor da informativa”, a que define o docente como transmissor de ensinamentos, esclarece Emília Costa, coordenadora do Serviço de Consulta Psicológica da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação. O professor ideal será o que conseguir juntar as duas, conclui. Para João Monteiro, 20 anos, estudante universitário, o bom professor “tem de se dar bem com os alunos, ser comunicativo e estar bem preparado.” Tal como o seu professor de Psicologia do 11º ano cuja “maneira de ensinar cativava”, porque “sabia interessar os alunos pela matéria”. Mas nem todos os professores conciliam afectos e competência. João Monteiro concorda: “Tive um professor de História que não se dava bem com ninguém, mas via-se que ele era barra naquilo que ensinava”. A questão é: entre um professor simpático e compreensivo que explique mal a matéria e o seu antónimo, o que preferem os alunos? As respostas variam. João Monteiro abdicava de bom grado da simpatia. Para Filipa Sousa a escolha é difícil. “Sobretudo nesta altura em que preciso de tirar boas notas”, esclarece. Talvez por isso a aluna esteja mais inclinada para votar na professora antipática que explica bem a matéria. Já Rui Couto não hesita em deitar fora a competência.
Miúdos exigentes
Apesar de recém-chegada ao ensino básico, Inês Rosa, 10 anos, já sabe dizer com todas as letras quais as características do bom professor. “Não deve berrar com os alunos”, diz com seriedade. Ao seu lado Micaela Garcia, 11 anos, acena a cabeça para cima e para baixo como que a corroborar as palavras da amiga. E só para que se saiba acrescenta que boa professora é a sua directora de turma. Porque é “muito calma”. Paula Vicente, aguarda o filho à porta da escola. Por ser professora, a mãe tem receio que a sua resposta não seja válida. Para ela um bom professor tem, acima de tudo, de ser “bastante humano, demonstrar afectividade e criar uma empatia com os alunos.” Pelo menos é isso que tenta fazer dentro da sala de aulas. Já Eduardo Vicente, 10 anos, a frequentar o 5º ano, tem uma definição de bom professor que deixa a mãe boquiaberta. “Tem de ser exigente!” O que, para Eduardo, significa ter de marcar muitos trabalhos para casa. A exigência é também para Teresa Oliveira, 13 anos, no 7º ano, uma das qualidades do bom professor. Daí que as professora que menos gostou até ao momento tenha sido “uma que não dava matéria porque passava a aula a falar dos filhos.” O pior, reflecte Teresa indignada, “é que ainda por cima faltava muitas vezes!”Respostas como estas podem até surpreender pais e professores, mas são “perfeitamente normais” para Emília Costa. “Os miúdos são muito mais exigentes e críticos em relação às competências do professor”, constata. Além disso, quando uma criança aceita ou compreende certas regras – como, por exemplo, a da assiduidade – pode torna-se mais exigente quanto ao seu cumprimento do que um adulto. Até mesmo por uma questão de segurança. O mesmo se pode aplicar aos adolescentes. “Ambos precisam de regras”, esclarece a psicóloga, acrescentando que “a maioria dos adultos não entende isso” e até confunde facilitismo com alguma flexibilidade.
O nível científico e as relações humanas
Não é por acaso que quase todos nós temos um professor que nos marcou pela positiva e pela negativa. E essa avaliação tem sempre uma dimensão afectiva e não só ao nível da competência. Mas para Emíla Costa “o grande problema é que a universidade prepara os professores ao nível científico mas não ao nível das relações humanas.” Que todavia, “só se aprendem conforme nos vamos relacionando com os outros”, esclarece. Por outro lado, avisa a psicóloga, “o facto de um professor não ter dificuldades ao nível dos relacionamentos interpessoais não significa que seja um excelente profissional”. Ou vice-versa.Para dar atenção a um aluno, o professor precisa de ter tempo para conversar com ele a sós, ou no final da aula. “E se calhar ele só tem um intervalo minúsculo que lhe dá para tomar um café”, adverte a psicóloga, estando assim “um pouco limitado”.Limitada é também a tentativa de definir o “professor ideal”. Não há modelo a seguir. No entanto, Emília Costa arrisca uma definição pessoal. “O professor ideal seria alguém com uma boa capacidade de comunicação, competente, exigente com ele próprio e em relação à aprendizagem do aluno. Mas sempre atento à dimensão afectiva.”